Cida Valadares
Não, não haverão de ser apenas estórias... as minhas memórias.
Pensativas lembranças hão de roçar as tuas saudades,
arrebatadas pelo silente caminho das lágrimas,
e refletidas , em qualquer estação.
E te darás conta do quanto foi inglória esta tua trajetória de andares só.
Como um carrossel minha imagem circulará, sem que precises espelho...
E cuidarás de procurar-me, como ondas que, calmamente,
se arrebatam, mas não arrebanham a solidão.
O frio, silente e inocente percorrerá tuas veias e te agitarás no leito,
sonhando um abraço terno.
Estarei presente em toda tua vida, desde o olhar matreiro ao sorriso brejeiro...
Desde o carinho fraterno que acordou, tantas vezes,
meu instinto materno em proteger-te, em feliz querer-te.
Teu olhar alcançará a plenitude da saudade e, embaçado pelo peso do tempo
galgarás um caminho de volta, apenas uma tentativa...em busca de mim.
E, como eco, ouvirás o estalar de minha voz no mais recôndito silêncio!
E verás, ainda, meu sorriso desenhando um adeus, meigo e final.
Triste e fatal!
Como cicatriz perceberás, em ritmo de saudade,
Que permaneci na tua estória, como o derradeiro amor,
a pétala ressequida de uma flor...
Sentirás um lânguido perfume na página que virou.
E... quanto mais carinhosa for esta angústia
de lembrar esta paixão ( até quando...) provisória?
Mais, ainda, haverei de tornar eternos...
Estes doces momentos da nossa estória!
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Agradeço a Maria Elena a nomeação da página.
31/03/2009
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Paixão Provisória.
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Olá Lea
ResponderExcluirSaudade...palavra triste, quando se perde um grande amor!
Mas recordar os momentos bons vividos com esse"amor", torna a saudade...menos triste!
Bjs.
Lisa