quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Minha Dádiva - J. C. Macaulay

Para o Rei-Menino, de há tanto esperado,
E agora por anjos e estrela anunciado,
Trouxeram sua dádiva, os sábios do Oriente,
De mirra, e de incensos, e de ouro fulgente!
Trouxe ela os perfumes do nardo mais raro,
Fragrante, oloroso, de certo bem raro,
E a fronte do Mestre, humilde banhou.
Assim seu amor e sua fé demonstrou.
Mas eles, de oferta, só espinhos trouxeram
Pra fronte bendita, e vis cravos só deram,
Solertes, malvados, pras mãos e pros pés.
Queriam-no morto, ou bem preso, em galés.
E deles aos céus mil louvores ascendem
Ao verbo divino, de quem só dependem;
_ Cordeiro imolado, na cruz, por amor _
A Ele tributam os salvos louvor.
E eu trago de oferta, no dia de hoje,
Meu vil coração, pois a vida nos foge,
E a pressa já tenho de a Ele o entregar,
Aos pés do Senhos, venho-me colocar.

Tradução - Renato Bivar

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